Gráfico 1: Gastos executados, por tipo de despesa, Universidade de São Paulo, 1986 a 2013 (valores corrigidos pelo IGP-FGV de maio/2014).

Fonte: Elaborado por Fabricio Vasselai a partir dos Anuários Estatísticos da USP, 1986 a 2013.

Essa primeira figura mostra os gastos executados pela USP com pessoal e outros tipos de despesas. De maneira geral, entre 1986 e 2013, observa-se uma tendência de crescimento dos valores gastos tanto com pessoal quanto com outros gastos. Esse segundo tipo variou de R$ 354 milhões (1986) para R$ 1 bilhão (2012), enquanto o gasto com pessoal variou de R$ 1,3 bilhões (1986) para R$ 4,3 bilhões (2013) – todos esses valores foram corrigidos pela inflação, usando o IGP-FGV de maio/2014.

Em particular, observa-se que os períodos 1993-1995 e 2010-2012 se destacam por uma tendência de crescimento de gastos com pessoal muito mais intensa do que no restante do período. Mas isso não basta para compreender a dinâmica do jogo orçamentário da Universidade, pois é preciso conhecer a evolução das receitas, a expansão da USP em número de alunos (de graduação e pós), docentes e servidores não docentes e na infraestrutura física e a criação do famigerado plano de carreira dos servidores em 2011, para que se possa tecer qualquer comentário que não seja meramente panfleto, alarme ou ‘achismo’ sobre o quadro. Em que se baseia a greve em vigor na USP hoje? Os argumentos de todas as partes (Reitoria, SINTUSP, DCE, Adusp, mídia) contemplam todos os aspectos do problema?

Os próximos posts trarão informações sobre os repasses do Tesouro do Estado à USP, informações demográficas sobre a Universidade e outros dados essenciais para uma análise séria da situação da USP. Fiquem ligados!

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